segunda-feira, 17 de março de 2014

Produção de biocombustíveis no Brasil crescerá mais de 200% em 20 anos

A produção de biocombustível no Brasil deve crescer mais de 200% - de 1,3 milhão para 4,1 milhões de barris comparados a petróleo - até 2035, estima a IEA (Agência Internacional de Energia). No mesmo período, o uso do etanol no transporte subirá dos atuais 3% para 8%, ainda conforme a organização. Os números foram apresentados nesta segunda-feira, dia 17, pelo chefe do departamento de indústria e mercado de petróleo da IEA, Antoine Halff. Convidado do Seminário Internacional de Biocombustíveis, promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e WPC (Conselho Mundial de Petróleo), Halff abriu a programação do evento que ocorre até amanhã, em São Paulo, e reúne especialistas estrangeiros e brasileiros do setor.  

De acordo com Halff, as previsões para o Brasil nos próximos 20 anos são otimistas: além de quase quadruplicar a geração de energias renováveis, o país responderá por 40% da exportação mundial de biocombustíveis. A produção de gás natural irá quintuplicar e o país se tornará o 6º maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção diária de mais de 6 milhões de barris por dia.

"O mapa energético no mundo está mudando. Existe uma redistribuição de suprimento e demanda de petróleo e biocombustível e nós vemos o Brasil, hoje, como o pivô dessa transformação", disse. Não a toa, o país ganhou destaque com quatro capítulos no último World Energy Outlook, relatório editado pela Agência e que serve como referência para o mercado.


Quem também exaltou o potencial brasileiro foi o vice-presidente do WPC, Joszef Tóth, que classificou o país como a "Meca dos biocombustíveis". "Há muitos lugares no mundo produzindo esse tipo de combustível, mas nenhum em tamanha quantidade e qualidade como Brasil", destacou. 

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