sábado, 8 de março de 2014

A difícil tarefa de ser mulher

Para se chegar, e somente para se ter uma data comemorativa às mulheres, precisaram de muitas lutas, greves e  mortes de tantas mulheres no mundo inteiro.

A mulher, no cenário mundial, era considerada sem nenhuma importância e usada pelos homens para os seus fins sociais, políticos e outras finalidades.
Para lutar contra todas essas barreiras surgiram greves, que a história confirma com mortes de várias trabalhadoras, bem com a criação de Sindicatos e Partidos para lutarem contra a discriminação feminina.
Naquela época já dizia uma revolucionária, Samora Machel, de que “A libertação da mulher é uma necessidade da Revolução, garantia da sua continuidade, condição de seu triunfo”.

Foram tantas as lutas, como o movimento “Feminista” que eram feministas e acadêmicos que dividiram a história do movimento em três ondas: sufrágio feminino que era movimentos do século XIX e início do XX preocupados principalmente com o direito da mulher ao voto.  A segunda onda referente às ideias e ações associadas com os movimentos de liberação feminina iniciados na década de 1960, que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres. E, finalmente, uma continuação - e, segundo alguns autores, uma reação às suas falhas - da segunda onda, iniciada na década de 1990.

A luta teve seu mérito e, no Brasil a data de 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

E todas as bravas mulheres, depois desses movimentos e muita luta, conseguem finalmente a libertação no sentido de terem os mesmos direitos que os homens, embora existam algumas resistências por parte de alguns homens, que querem prevalecer o seu “machismo”.

Para se ter uma ideia, somente em 1947 é que no Brasil é comemorado pela primeira vez o dia 08 de março. Claro que hoje, é mais uma data comercial, embora as mulheres não devam deixar de lembrar e comemorar, lembrando sempre daquelas que proporcionaram a execução desta data comemorativa às mulheres.

De lá para cá, 1947, muitas coisas progrediram e melhoraram, porém, frisamos que existem ainda resistências, tanto que muitos homens continuam querendo escravizar as mulheres. Pensando nisso, é que surgiu a Lei número 11.340, de 07 de agosto de 2006, a famosa Lei Maria da Penha visando a aumentar o rigor das punições das agressões contra as mulheres quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar.

Ao ser criada esta data, 08 de março, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. 

O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
As mulheres estão no caminho certo, lutando pelos seus direitos e Charles Habib Malik, filósofo e diplomata Libanês, disse uma vez que “A maneira mais rápida de transformar a sociedade é mobilizando as mulheres do mundo”.


Mas as mulheres devem comemorar muito e, nós homens, devemos homenageá-las sempre e todos os dias, pois “Ser mulher é uma tarefa muito difícil, uma que consiste principalmente em lidar com homens”. (Joseph Conrad, escritor Britânico de origem Polaca).

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