A produção de biocombustível no
Brasil deve crescer mais de 200% - de 1,3 milhão para 4,1 milhões de barris
comparados a petróleo - até 2035, estima a IEA (Agência Internacional de
Energia). No mesmo período, o uso do etanol no transporte subirá dos atuais 3%
para 8%, ainda conforme a organização. Os números foram apresentados nesta
segunda-feira, dia 17, pelo chefe do departamento de indústria e mercado de
petróleo da IEA, Antoine Halff. Convidado do Seminário Internacional de
Biocombustíveis, promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis) e WPC (Conselho Mundial de Petróleo), Halff abriu a
programação do evento que ocorre até amanhã, em São Paulo, e reúne
especialistas estrangeiros e brasileiros do setor.
De acordo com Halff, as previsões
para o Brasil nos próximos 20 anos são otimistas: além de quase quadruplicar a
geração de energias renováveis, o país responderá por 40% da exportação mundial
de biocombustíveis. A produção de gás natural irá quintuplicar e o país se tornará
o 6º maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção diária de mais de 6
milhões de barris por dia.
"O mapa energético no mundo
está mudando. Existe uma redistribuição de suprimento e demanda de petróleo e
biocombustível e nós vemos o Brasil, hoje, como o pivô dessa
transformação", disse. Não a toa, o país ganhou destaque com quatro
capítulos no último World Energy Outlook, relatório editado pela Agência e que
serve como referência para o mercado.
Quem também exaltou o potencial
brasileiro foi o vice-presidente do WPC, Joszef Tóth, que classificou o país
como a "Meca dos biocombustíveis". "Há muitos lugares no mundo
produzindo esse tipo de combustível, mas nenhum em tamanha quantidade e
qualidade como Brasil", destacou.
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